sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Depoimento Pessoal - Parte I


Não sei por onde começo, a propósito, já lhe informo que você poderá encontrar informações soltas durante esse relato, mas tentarei manter a unidade cronológica dos fatos.

Bem, a idade eu não me lembro muito bem, creio que eu devia ter uns 12 anos foi quando entrei no grupo chamado Talita Cum da Paróquia Santo Antônio de Solânea-PB. Nele comecei há conhecer um pouco mais sobre a Bíblia e foi graças a ele que entrei numa turma de catecismo de primeira comunhão, onde dois anos depois fiz a primeira comunhão.

Após isso, já com uns 14 anos entrei numa turma de Crisma, e “subi de nível”, com muitos amigos do Talita, evoluímos para a equipe de serviço do grupo Jesus é o Senhor, o qual frequento hoje ainda nas sextas feiras à noite quando tenho tempo. Minha crisma foi dois anos, e só o primeiro encontro do primeiro ano valeu à pena.

O tema era: Por que sou católico: por tradição, ou por convicção? Essa pergunta eu desejo que você responda ela também, se possível antes de terminar a leitura.

Tradição significa: sua família já era católica e lhe levaram ao catecismo e à crisma e você está aí, sendo católico pelos costumes, mas não sabe nem o que significa a palavra: católico “se brincar”.

Convicção significa: você realmente vê que é nessa igreja que você quer ficar, pois foi nela que se encontrou com o Deus verdadeiro, em outras palavras, você é católico, não porque lhe induziram a ser, mas porque você sente-se bem nessa religião.

Dois anos se passaram e eu fiz minha crisma. Vale ressaltar que nesse período de Talita, equipe de serviço e crisma, eu ensinava catecismo de primeira comunhão quando entrei na crisma e participava ativamente de acontecimentos da igreja em ambos os grupos.

Com a crisma terminada e por um motivo pessoal deixei de ensinar catecismo e abandonei o grupo também, pois tinha muitas outras coisas; um dos motivos que me fez deixar a equipe de serviço era que os encontros em sua maioria eram de oração e eu também buscava formação (como muito tinha recebido no Talita); quando começou a ter formação e pelo que eu vi ia dar certo, foi quando eu me afastei!

O porquê que citei esse motivo você saberá mais a frente!

Isso tudo lhe relatei em relação a minha vida na igreja, minha vida pessoal era mais complicada.

Passei vários anos de minha vida sendo egoísta, presunçoso, arrogante, prepotente, chato, orgulhoso, me achando o máximo, por ser muito inteligente (não que eu não seja tudo isso hoje, mas em grau bem menor, graças ao meu bom Deus), quem me conhece hoje acha muito difícil eu ter sido assim, porém quem me conhece desde o tempo de escola sabe quem eu realmente era.

O que me fez não dar valor aos outros: eu sempre estava em primeiro lugar, segundo, terceiro e todos os lugares que vocês puderem imaginar, mesmo já estando na igreja (cadê minha humildade, né?).

Se eu tinha realmente amigos, eu não sei; sei que hoje tenho e louvo a Deus por isso, pois foram eles que me deram forças em vários momentos de minha vida!

De minha vida familiar não tinha muito que me queixar, diferente de atualmente, mas problemas acontecem nas melhores famílias! Meu pai morreu quando eu tinha 10 anos, mas nem por isso sofri tanto, minha família me amava e sei que ainda me ama, mesmo em meio a discussões e brigas, mas como já disse “acontece nas melhores famílias”!

Meus estudos iam de “vento em popa”, pois não tinha problemas com minhas notas.

Ensinava e ainda ensino reforço escolar, ou seja, tinha “certa renda”!

Como o amor fluiu para mim... Bem, só os mais próximos sabem! (risos)

Até agora, lhes relatei minha vida na igreja e pessoal, mas tem uma vida que ainda não relatei e peço-lhe muita atenção para ela, pois é nela que se encontra grande lição que quero que você que está lendo esse texto tente aprender, para não cometer o mesmo erro que cometi durante 18 anos de minha vida; posso reduzir esse período para quatro que é quando comecei a entrar realmente no âmbito da igreja, acompanhe-me nessa parte da história e veja se alguma parte parece com a sua história!

Eis minha vida de ORAÇÃO!

Lembro como se fosse hoje, minha mãe me ensinando a rezar o Pai-Nosso, pedido que eu juntasse as mãos, pois me ia ensinar uma oração maior do que a Ave – Maria (eu já a sabia). Eu acho ótimo me lembrar disso, tente se lembrar: quando e como lhe ensinaram a rezar?

Bem, isso eu devia ter uns cinco, seis anos... Mais para frente, já tinha entrado no Talita e na primeira eucaristia, minha oração pessoal era o tradicional: Pai-Nosso e Ave-Maria seguidos de um sinal da cruz e ia dormir, mas eu não fazia isso parado prestando atenção, aí estava o erro, eu fazia automaticamente, como um robô, enquanto fazia alguma coisa, ou seja: robotizei minha oração, e olhe que aqui eu já estava na igreja e já tinha uns 10, 12 anos, mais ou menos.

Por volta dos 14 anos, “ajeitei” minha oração pessoal: eu me recolhia em um lugar para agradecer, me desculpar e pedir algo a Deus; cantava e rezava o tradicional, mas isso começou a ser muito demorado e caí na mesma robotização de antes, sendo que agora eu tinha robotizado uma parte maior, pois sempre agradecia e pedia perdão pelas mesmas coisas.

Em paralelo a isso, meus grupos de oração eram bem vivos: pedíamos o Espírito Santo, sempre tinha algo diferente como foco da oração grupal e qualquer um que entrasse de um jeito saía renovado da oração, mais aliviado. Se você não fez essa experiência de ir para um grupo de oração da Renovação Carismática Católica ainda, eu recomendo.

Você sairá muito aliviado, agora não porque seu problema foi resolvido (caso você tenha ido com um), mas porque você deve se abrir para sentir o amor de Deus durante a oração, aquele Deus que “não é homem para mentir, um Deus de aliança, um Deus de promessa, um Deus que não é homem para mentir”.

Agora cuidado para não fazer como muitas pessoas que quando vão a um grupo de oração parece que deixam o problema, raiva, desânimo, ou qualquer outro sentimento ruim do lado de fora, entra na oração “boazinha” e diz que se sente aliviada aí quando sai do grupo leva novamente o “peso” nas costas, aí tenha paciência, né?

E para você que já sai aliviado, lembro uma coisa do livro Reinflama o carisma de Pe. Jonas Abib, que eu recomendo para ler: grupos de oração são lugares de fazer operários de última hora, isto é, fazer pessoas que busquem os irmãos afastados e tragam eles para o grupo, a fim de que sintam o mesmo alívio, amor que você sentiu!

Voltando ao meu depoimento...

Você pode se perguntar, mas Juscelino se você achava tão bom esses momentos de oração por que não os reproduzia em casa? Não sei lhe responder, sinceramente!

Bem, chegou à época em que me afastei de uma vez da igreja e dos grupos. Minha oração pessoal continuava como antes: tinha se robotizado, embora minha fé não tivesse acabado.

Termino o ensino médio em 2009, já tinha me crismado, feito a primeira comunhão, o que me esperava era a universidade, a qual passei no vestibular com mérito e louvor: quinto lugar para matemática na UEPB.

Inicio 2010 com essa surpresa: tinha passado no vestibular.

Eu só não imaginava que o ano teria mais surpresas do que eu esperava.

Termino bem o 1º período da universidade e chego então ao mês de agosto!

Esse mês o senhor me preparava uma surpresa maravilhosa.

Comecei a ir com minha mãe para o grupo de oração da sexta-feira quando eu podia, pois estudava de noite. Fui mais por ela, com a esperança que ela se encontrasse com Deus e abandonasse seus vícios, até agora não abandonou, mas sei que vai conseguir.

Mas o que eu não esperava era que o grupo servisse mais para mim do que para ela.

Fui avisado que teria um Seminário de vida no Espírito Santo em minha cidade, o primeiro. Devo admitir que achei o nome lindo e decidi me inscrever, na época já estava com 18 anos.

Ele foi realizado num sábado e num domingo nos turnos de manhã e tarde nos dias 21 e 22 de agosto... 

Como eu queria que aquele momento nunca mais acabasse...

Nenhum comentário:

Postar um comentário